IntenseDebate - Edgar

13 years ago @ Na Prática a Te... - As Eleições de 2010 · 0 replies · +1 points

É esse o ponto. A distinção esquerda/direita não é fixa: ela é, até certo ponto, conjuntural. É isso que eu combato: a definição a priori, ideológica, que geralmente recai em argumentos éticos para se afirmar.

Eu sou da opinião de que a distinção ideológica contribui menos para o posicionamento político do que a conjuntura, que, com suas restrições e possibilidades, organiza as clivanges em grupos de interesses. Nesse ponto, a sua definição de estado getulista/anti-getulista me parece plausível, apesar de que a sua aplicação é possível apenas no período histórico da qual ela tira sua razão de ser.

13 years ago @ Na Prática a Te... - As Eleições de 2010 · 0 replies · +1 points

Bem, Clever, essa é a sua opinião, e você está justificado em defendê-la.

Agora, a minha opinião é a de que ACM e Sarney são patrinonialistas. Talvez o conceito não seja o equivalente do usado no Império. Mas, dado o conceito de autonomia relativa do estado (que é uma das coisas que eu acho bacana do Przeworski), existem espaços tanto para o privado se infiltar no público como o contrário. Essa indistinção, ou mix de esferas, por mais que não seja total, é grande o suficiente para constituir um fenômeno característico do Brasil, onde o Estado toma a dianteira das coisas. Assim é, por exemplo, a Rede Bahia, que cresceu nas costas do estado e, ao mesmo tempo, trabalhou e trabalha para que o estado continue alimentando seu crescimento; um serve aos interesses do outro e vice-versa.

A questão do termo fisiologismo, pelo que eu coloquei, é secundária. A questão sobre o patrimonialismo não é a de definir o objetivo da democracia de um ponto de vista sistêmico ou normativo. O ponto é que o mecanismo da eleição é um meio necessário para o fim privado dos políticos, que era o que eu me referia. Assim, o patrimoniaslimo, como eu o defino, não é o mesmo que se "adonar" do estado, mas sim o de utilizá-lo em conjunto com instituições privadas num ciclo vicioso.

13 years ago @ Na Prática a Te... - As Eleições de 2010 · 0 replies · +1 points

Eu entendo, Rafael. Eu mesmo já evito esse tipo de termo. Na política profissional e multipartidária do Brasil eu tendo a considerar os interesses locais como delimitadores do espectro político. É uma forma - que não invalida, na minha opinião, a diferenciação do Giddens, por exemplo - de evitar distinções que, no mais das vezes, acabam sendo usadas em sentido estritamente ideológico.

13 years ago @ Na Prática a Te... - As Eleições de 2010 · 0 replies · +1 points

Concordo com você, Ticão.

Mas o problema do DEM, eu suponho, é mais complicado. Como ele se apequenou nessas eleições, foi cogitada até a fusão com o PSDB (mas isso, claro, é só fofoquinha). Ter um candidato para a presidência, bem como para outros cargos importantes, é uma boa forma de revigorar a saúdo do partido. Mas você não deixa de ter razão. O Maia falou nessa entrevista que, entre Aécio e Serra, é Serra.

13 years ago @ Na Prática a Te... - As Eleições de 2010 · 8 replies · +2 points

Agora, porque você está associando o pragmatismo patrimonialista de sujeitos como ACM e Sarney como de direita? Você acha que falta de valores e moralidade é uma característica de políticos da direita? Será que a direita reconhece a ação deles como legítima? E de qual direita? Da liberal de corte econômico, da conservadora, da liberal-conservadora, da social-liberal, da liberal-ortodoxa, ou alguma outra variante?

Cuidado, rapaz. É colocando todo mundo no mesmo saco e rotulando como "direita" que você ajuda a sufocar o debate político.

13 years ago @ Na Prática a Te... - Férias NPTO · 0 replies · +1 points

Por essas e por outras (principalmente por outras) que eu acho que cientista político é ocupação - e não profissão - temporária. Mas, anyway, eu me conformo.

13 years ago @ Na Prática a Te... - As Eleições de 2010 · 3 replies · +1 points

Ah, eu discordo do prêmio "Revelação deixa que a natureza marca". Vamos combinar, a mulher do Roriz nem se propôs a entrar em campo. Largaram a bomba no colo dela, rapaz, e no meio do fuzuê; daí só foi o acaso do despreparo se juntar com o 'infortúnio'. Tá certo que ela figura fácil num top3, e tal. Não sei.

Pessoalmente, meu voto seria do Collor.

13 years ago @ Na Prática a Te... - Foto Bacana · 0 replies · +3 points

A-ha!

13 years ago @ Na Prática a Te... - Foto Bacana · 0 replies · +5 points

Porra, até na antropologia tu é marxista, rapaz. Assim fica difícil.

13 years ago @ Na Prática a Te... - Foto Bacana · 0 replies · +2 points

Ah, legal, Tiago, você é muito generoso.

Agora, diz aí, garotão: e você vai fazer o que durante o período revolucionário:

(a) Começar a escrever um relatório exaustivo de todos os meandros do sistema econômico mundial para planificá-lo;

(b) Organizar uma comissão de administração revolucionária central para substituir o velho estado burguês;

(c) Chupar o dedo e pedir misericórdia quando os homi descerem o cacete pra organizar essa merda toda, porque, nos livros, a revolução dos outros é sempre mais colorida;

(d) Todas as alternativas anterior, já que no socialismo o homem é livre para desenvolver todas as suas potencialidades (e, consequentemente, as responsabilidades que as acompanham).

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