Problema bobo e notícia sem grande importância para o meio. O que é importante, isso sim, é o completo fracasso da Boeing no projeto do 737 Max. O aparelho tem sérias deficiências de projeto, algumas insolúveis, como o do trem de pouso e CG avançado pela posição das turbinas, bem como as naceles achatadas, que diminuem a eficiência dos motores, consequência da deficiência de projeto do trem de pouso. Mas o que tem derrubado os aviões e matado a todos é a mecatrônica do fly by wire, área em que a Embraer é mestre. Um grupo de criminosos quer doar a Embraer à Boeing, enganando a cúpula governo, governo este repleto de incompetentes e de corruptos.

Que mudanças de mercado? A Embraer recebeu encomenda de 300 aviões E2 só em Farnborough, no RU, em meados de 2018. Depois da feira continuou vendendo "a rodo", mais 100 para Republic Airways em dezembro, mais 21 para a Azul também no final do ano, mais 3 para a NAC, empresa de leasing, e mais outros tantos que me fogem à memória. Acreditar na historinha "para boi dormir" contada pelos que têm interesses inconfessáveis é atestado de ingenuidade e ingresso para o exército de inocentes úteis. A Embraer é a mais eficiente fabricante de aeronaves de médio/grande porte. Quem está em apuros, por conta da eficiência da Embraer, é a concorrência! A divisão comercial é quem garante a escala que viabiliza os outros segmentos. Sem a divisão comercial, a tendência da Embraer é desaparecer, a menos que conte com pesados subsídios estatais. Por isso que as agências estão rebaixando o rating da Embraer, por isso que as ações despencam, apesar do dividendo, sem precedentes, anunciado pela empresa, a ser pago com parte do que receberá na transação, superior a 40% do valor da ação hoje. Não se enxerga futuro promissor do que restar da Embraer depois da venda para a Boeing da divisão comercial. E, por favor, parem de chamar isso de joint venture, procurem a definição se tal termo, não há nada de joint venture. Abraços a todos

Sua resposta não tem nenhum liame lógico com a minha colocação. Ninguém falou em estatização. Eu disse que NÃO é bom negócio e, conforme pode se depreender de matérias nos principais jornais, os administradores não estão agindo no interesse da empresa ou dos acionistas. Na verdade há interesses inconfessáveis por trás dessa negociata. Sim, negociata, porque a empresa sequer foi avaliada por uma empresa independente, de onde riraram esse valor? Para mim existem dois tipos de defensores dessa negociata: os que tem interesses inconfessáveis e os inocentes úteis.

Por que a matéria não fala que as ações despencam vertiginosamente desde o anúncio dos termos do negócio, não fala que as agências de risco estão rebaixando a "nota" da Embraer, a transformando em empresa de alto risco de crédito, em função do negócio com a Boeing (por enquanto colocaram em perspectiva de rebaixamento, estão esperando o negócio se concretizar para rebaixarem) e, o principal, não fala que a Associação Brasileira de investidores entrou com ação contra o negócio. Se não é bom para os acionistas não pode ser bom para a empresa não é mesmo?